Moda consciente e estilo: ser em vez de ter.

Quando falamos de moda consciente muitos ainda têm uma ideia equivocada sobre o assunto.

Parece um pouco complicado pensar em ter estilo comprando pouco e orientando o consumo à necessidade e não e simplesmente aos desejos.

Isso acontece porque a moda, a grosso modo, é antes de tudo, uma proposta da indústria para vender e costumamos associar estilo a estar sempre seguindo as tendências.

Mas a verdade isso é o que estilo não é.

Portanto, os pelos publicitários sempre serão fortes para incutir essa mentalidade de consumo desenfreado.

Sempre seremos induzidas a comprar para nos sentirmos aceitas socialmente.

Também o seremos para termos aquela sensação de pertencimento em certo grupo.

A ideia de ser taxada de “fora de moda” ou “antiquada” soa cruel aos olhos de uma mulher naturalmente deseja ser notada.

Embora essa realidade esteja mudando e já observemos uma impressão mais autoral no vestir, isso ainda constitui uma minoria.

A moda consciente ainda não caiu nas graças do público.

Como escapar das armadilhas das vitrines?

A maioria das mulheres ainda se deixa guiar pelas vitrines, pelos ditames da moda, pelo que a indústria distribui usando celebridades, programas de Tv e afins para com isso moldar vontades.

As vitrines nos chamam, é como se nos conhecessem.

Quando provamos a roupa que está na vitrine nos sentimos bem, nos sentimos no controle.

Mesmo quando a roupa nem é tão incrível assim parece que há uma espécie de magia que nos envolve e nos conclama a comprar.

É por isso que é preciso se conhecer. Saber qual o seu estilo ajuda muito na hora de evitar uma compra errada.

Não trabalhar na lógica da urgência é outro fator importante.

Prove a roupa , fotografe o look. Devolva a roupa, e dê um voltinha pela shopping. Não se preocupe se ela não estiver mais por lá se você resolver voltar.

Olhe as fotos que você tirou. Na maioria das vezes você perceberá que aquela roupa não era tão incrível assim.

Como fazer compras inteligentes?

Planeje sempre. Saia de cada sabendo exatamente o que precisa comprar. Não compre por impulso.

As compras impulsivas redundam , na sua grande maioria, em pelas encalhadas no armário.

Eu falo isso porque já tive muitas peças no meu guarda-roupa que foram fruto de compras sem planejamento, pelo simples prazer de comprar.

Sim, eu já fui uma compradora compulsiva.

Eu comprava o que não podia , para impressionar quem eu não conhecia com o dinheiro que não possuía.

Encontre seu estilo

Quem tem estilo faz escolhas de forma consciente e não se preocupa com que os outros vão pensar.

Sabe o seu valor, sabe o que lhe agrada e sabe aquilo que não tem lugar no seu guarda-roupa.

Seu estilo revela sua identidade, revela sua tribo, mostra aos outros com você quer ser tratada.

É como diz aquela frase cuja a autoria desconheço: Trate-se bem que o mundo responderá da mesma maneira.

Sabemos que isso não é 100% verdade , mas no contexto social em que estamos inseridas isso é válido.

Uma pessoa desleixada, que todos os dias vai trabalhar com uma proposta de estilo diferente mostra que não tem identidade.

Por isso , volto a bater na tecla da importância desse autoconhecimento.

Ele serve para você se sentir segura consigo mesma, para tornar o ato de vestir mais prático e libertador.

Ele também serve para fazer você economizar, evitando jogar dinheiro fora com peças que nunca usará.